segunda-feira, 29 de setembro de 2014

SP77 - Estrela e Açor

“Champions aren't made in gyms. Champions are made from something they have deep inside them - a desire, a dream, a vision. They have to have the skill, and the will. But the will must be stronger than the skill.”


(Muhammad Ali)

7 são as Maravilhas do Mundo. 77 são as Serras de Portugal.

SP77 é o projecto Serras de Portugal liderado pelo "JMB Produções" e pelo clube Estrelas de Lisboa

Autor do cartaz: JMBolacha

Este foi o fim-de-semana inaugural do SP77, e começou-se logo pelas 2 serras mais míticas de Portugal: Serra da Estrela e Serra do Açor, com ida ao Piódão incluída.

Num fim-de-semana com Alerta Laranja para 16 distritos do país, decidimos ser audazes e encarar o touro de frente. Se iríamos agarrá-lo pelos cornos ou não, isso se veria lá mais para a frente! ;-) 
Afinal, "there's no such thing as bad weather, only soft people"!

O tempo esteve magnífico toda a manhã de Sábado, em que nos dirigimos de Arganil (onde estávamos acantonados) para Coja, Vide, e Loriga. Daí subiríamos à Torre.

Loriga

São as pessoas que fazem os lugares... também são as pessoas que fazem os eventos... Estas pessoas (amigos entre si há muito tempo) não só não desarmaram, como revelaram um espírito de corpo e união salutares, a provar que a União faz a Força. Não é preciso estarmos a matar-nos uns aos outros e a nós próprios; não é preciso estar sempre com a corda na garganta e a arfar; não é preciso olhar sempre para o chão ou para a roda da frente; não é preciso andar sempre à morte para andar de bicicleta a sério!

O que é preciso é saber escolher o momento, porque há tempo para tudo e oportunidades para todos. Até há oportunidades para uma BTT com pneus convencionais, de terra, participar num evento de estrada com estas características; até há oportunidade para mais treinados e menos treinados participarem; até há oportunidade para apreciar a paisagem, conversar e rir sem a língua estar sempre de fora; até há oportunidade de fotografar, filmar, esperar pelos mais atrasados e ir tomar café, comer ou ir ao WC. Porque para treinar  e esticar e empenar, havia metas volantes previamente definidas, contagens de montanha e subidas de cair para o lado com fartura, era só escolher!


Não fosse esse espírito de união, e não fosse a VONTADE DE CAMPEÃO comum a todos, e não teríamos enfrentado a tormenta que se abateu sobre a Torre no exacto momento em que começámos a descer: não fosse a tranquilidade e descontracção, sem pressão, com que todos íamos e poderíamos não ter conseguido evitar quedas; não fosse o espírito de entre-ajuda e de sacrifício de alguns em prol de outros, e não teríamos tão prontamente sido "resgatados" e ajudados da maneira que fomos, e no meio de um temporal que faria qualquer um ficar confortavelmente dentro do carro e não andar à chuva e sob granizo e trovoada a tirar e pôr bicicletas e a transportar gente encharcada na sua viatura própria.

Para fazer face a tais dificuldades, nada como uns bons copos de Licor de Zimbro e Mel, na única loja da Lagoa Comprida, local em que alguns se abrigaram quando as bolas de granizo batiam forte no rosto e nas pernas, e nos impediam de ver em condições; nada como um certo calorzinho do álcool acompanhado do  nosso calor humano, e do do dono da loja que se predispôs a mantê-la aberta até que todos (e respectivas bicicletas) tivessem sido resgatados e transportados para Arganil. 

PGuedes, Patrícia D., "Eu", PCravo, Patrícia B., JMB, JPão-Mole, JSerrano
@Lagoa Comprida

Assim se subiu à Torre com sol, e assim se desceu no meio de um temporal típico de alta montanha, que nos fez lembrar que com a montanha não se brinca, e que é melhor carregar um impermeável no bolso do que ser apanhado desprevenido... 


No dia seguinte, mais um dia de sol e calor, perfeito para subir o Açor, e ir comer uma broa de batata com doce de abóbora à linda aldeia do Piódão. Para cima, pernas para que te quero!

Piódão
Doce e broa fizeram a mistura ideal para enfrentar a subida, e seguirmos depois para locais lindos, onde houve de tudo: estradas perfeitas,  outras que quase não tinham alcatrão, trilhos (sim, trilhos!!!!!), pavé até ficar a chocalhar durante muito muito tempo, num percurso lindo de tão verde e tão fresco, passagem na Fraga da Pena, etc.


No fim, um sentimento de partilha e alegria era comum a todos, e a "cerimónia protocolar" com a entrega das medalhas de participação e os troféus (aka "bules") dos pontos foram a cereja no topo do bolo, com o alto patrocínio do Estrelas de Lisboa e dos Bombeiros Voluntários de Arganil. 


"I never said it would be easy, I only said it would be worth it" (May West)

Fácil não é.... mas vale a pena! Ter sonhos e lutar por eles, é isso que distingue a "massa" de um campeão! Fomos todos campeões! E todos tínhamos o pensamento em Rui Costa... Mas ele é, e será para sempre, CAMPEÃO, e nós também! 

Bem hajam todos os amigos que estiveram presentes!

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

DOURO BIKE RACE 2014

More Than a Race...

Era este o lema do DBR, um evento único no panorama betetístico nacional, um evento de referência, que conquistou uma legião de adeptos e participantes ao longo da sua história.

Estive lá pela 1ª vez o ano passado... e mesmo que já não fosse (diziam todos) o que tinha sido nos tempos do seu criador, adorei na mesma! Adorei os trilhos, adorei o espírito (ou o que restava dele...), adorei a paisagem, mas sobretudo adorei os amigos com quem fui e estive, e era com eles que queria estar!

Xmile Cycle Team, com Filipe Cardoso

Este ano íamos repetir... Mas qualquer semelhança com os anos anteriores seria pura ilusão...

Ainda assim, as serras do Marão, Alvão e Aboboreira estão lá, e isso ninguém pode mudar! O desafio continua presente...


Este ano, ao contrário do ano passado, não dispunha de dias suficientes para fazer o desafio "Epic" (composto de 1 prólogo e 3 etapas), por isso fui só ao "Adventure" (2 etapas, serras do Alvão e Aboboreira), e já me deram muito que fazer!


Tanta subida... mas tanta!!! E eu adoro subidas!!! Vivam as subidas! Gosto de sentir as gotas de suor a escorrer pelo rosto abaixo; gosto de senti-las a cair nas pernas, vejo-as cair em cima do écran do GPS, em cima do quadro, em cima dos sapatos, misturam-se com a poeira dos caminhos, misturam-se com a fadiga e dores musculares, mistura-se com o protector solar, e até a visão fica turva porque caem para os olhos e os óculos embaciam e não deixam ver em condições...

Só o que vejo são as subidas, longas e intermináveis, castigadoras e inflexíveis, impiedosas e intolerantes para quem não gosta delas! Mas eu gosto! É uma relação de amor/ódio!


Gosto de me empoleirar nos pedais e trepar por ali acima como se não houvesse amanhã!

Gosto de esgotar as mudanças, para mais e para menos, não importa!


Gosto de sentir que dou tudo o que tenho, amanhã é outro dia, por isso logo se vê!

E gosto de chegar ao fim "acabadinha", mas a sorrir!


E foi assim que cheguei ao fim... acabadinha! 2 dias em que fiquei acabadinha!

More Than a Race... a Stage with best friends!

And nothing else matters!

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

TRANSANDALUS - Andalucía em BTT


Em breve, a TransAndalus em autonomia, numa Bike Magazine perto de si...


19 dias, 2.156kms, 36.300mts de desnível positivo...


Uma aventura inesquecível na Andaluzia...


Stay tunned!